terça-feira, 26 de agosto de 2008

Em homenagem ao meu Tio Manuel que ontem decidiu deixar-nos...
Que o final de vida tremendamente difícil possa ser uma lição para a mulher, filhos, noras e genro, por não compreenderem que o Amor supera tudo.
E eu perceba que nem sempre as pessoas pensam da mesma forma e não seja tão revoltada por isso, e, com o passar do tempo, possa perdoar-lhes pelos dolorosos três meses finais de vida...

"A morte nada é.
Eu apenas estou do outro lado.
Eu sou eu, tu és tu.
Aquilo que éramos um para o outro
Continuamos a ser.
Chama-me como sempre me chamaste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom da tua voz,
Nem faças um ar solene ou triste.
Continua a rir daquilo que juntos nos fazia rir.
Brinca, sorri, pensa em mim,
Reza por mim.
Que o meu nome seja pronunciado em casa
Como sempre foi;
Sem qualquer sombra.
A vida significa o que sempre significou.
Ela é aquilo que sempre foi.
O "fio" não foi cortado.
Porque é que eu, estando longe do teu olhar,
Estaria longe do teu pensamento?
espero-te, não estou muito longe,
Somente do outro lado do caminho.
Como vês, tudo está bem."

Henry Scott Holland (27 de Janeiro 1847 - 17 de Março 1918)

2 comentários:

Van Dog disse...

Essa lucidez pode ajudar-nos a todos a lidar com situações em que a verdade nos parece - só a nós . tão clara..

Belo poema.

Maria Lua disse...

Obrigado pelas palavras, Van.