segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Mais de quatro mil quedas de doentes em macas

"Numa fiscalização em 67 hospitais, a Inspecção-Geral da Saúde detectou, que nos últimos dois anos, a maioria dos acidentes ocorreu na zona de internamento. Uma das principais causas é a falta de grades nas camas. Presidente dos administradores hospitalares diz ser urgente tomar medidas.
Em apenas 25 meses, os hospitais portugueses registaram 4200 acidentes relacionados com a queda de doentes de macas ou de camas. Os dados são relativos aos anos 2006, 2007 e a Janeiro de 2008 e constam de um relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), a que o DN teve acesso e que está já nas mãos da ministra da Saúde, Ana Jorge.
Em 85 daquelas situações, os doentes acabaram por falecer, embora não tenha sido demonstrado "em todos os casos, o nexo causal entre o acidente e a morte". Em 29 casos, foram originados processos de natureza disciplinar.
Pedro Lopes, da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, disse o DN que o número de quedas é significativo, admitindo que tem de se "tomar medidas para tornar os hospitais mais seguros".
Os dados fazem parte do relatório "Acidentes com macas e camas nos estabelecimentos hospitalares, envolvendo queda de doentes", da IGAS. O documento teve por objectivo identificar o número de acidentes, conhecer as medidas implementadas pelos hospitais e motivar a sua correcta monitorização e prevenção. Na verdade, e segundo o documento, "foram as unidades que sinalizaram maior número de quedas que implementaram estratégias para tornar o hospital mais seguro".
A acção foi feita com base nos registos de 67 unidades do Serviço Nacional de Saúde - sendo que 11 não dispunham de dados sobre quedas. No entanto, nas 56 que os registaram permitiram concluir que apenas 2% destes acidentes ocorrem na urgência, a que se juntam outros 2% em local indeterminado. A maioria das situações (4022) ocorrem nas restantes áreas, sobretudo no internamento. A IGAS incluiu no total de acidentes as quedas nas casas de banho, cadeirões, cadeiras de rodas e em pisos escorregadios.
O equipamento, tal como refere o relatório, não é o único factor que pode impedir incidentes, mas é essencial. O uso de camas e macas com grades tem de ser mais generalizado. Em Janeiro de 2008, 13% das macas em 65 unidades do SNS (415) não tinham grades laterais.
O problema maior está nas camas, mais usadas no internamento. Ainda há 8200 camas sem grades laterais, o que corresponde a 33% do total nestes hospitais. Em 2007, 71% dos hospitais tinham ainda macas sem grades e 80% continuavam, a dispor de camas sem protecção. Deve salientar-se, porém, que os hospitais têm feito um esforço para aumentar o número de estruturas com protecção.
Recomendações
Sendo as quedas um dos maiores factores de mortalidade e morbilidade em idosos -há 40 mil mortes/ano devido a quedas na UE-, a IGAS recomenda aos hospitais que tornem a prevenção numa prioridade. É preciso monitorizar, auditar e criar condições de segurança, como cintos nas cadeiras de rodas, pegas nas casas de banho ou corrimãos nos corredores, bem como cumprir as normas de imobilização de doentes nas camas e macas. O trabalho, realizado à margem do plano de actividades da IGAS, surgiu depois do caso que envolveu a morte de um doente após a queda de uma maca no Hospital de Aveiro."

Fonte: DN
In site
Solidariedade

2 comentários:

msg disse...

Muito boa noite,Maria Lua

Insistindo no ESQUEÇA O MOTE,na
continuação do comentário anterior,do dia 1,é para lhe dizer que eles nascem,querendo ou não querendo,como sucedeu quando dei com o tambor de Mark Twain. Portanto,basta estar atento aos seus posts,porque eles são férteis em motes,querendo ou não querendo.
Assim,brevemente,talvez amanhã,se ainda acordar,nunca se sabe,vai aparecer qualquer coisa,que está germinando,pouca coisa,porque meia palavra basta,o que eu não faço quase sempre,talvez por ser "tambor".
Muito obrigado pelo novo mote,e os desejos de muito boa saúde e muito bom trabalho.

Maria Lua disse...

Obrigado e até amanhã.
:-)