sexta-feira, 17 de maio de 2013

Produtos “Made in Portugal” têm qualidade, mas são caros e não dão prestígio

Consumidores consideram que produtos "made in Portugal" têm qualidade, no entanto são caros e não conferem prestígio a quem os adquire. A conclusão é do estudo do IPAM – The Marketing School "The "Made in Portugal - consumption and Country-Of Origin perception in the context of crisis and austerity". É no sector alimentar que os consumidores optam por adquirir a maior percentagem de produtos nacionais, que representam mais de metade do cabaz de compras.
A pesquisa foi desenvolvida por Paula Arriscado, Rosa Conde e Bruno Galante, docentes do IPAM.
Os portugueses consideram ainda que os produtos nacionais são atrativos, mas difíceis de identificar e comercializados em poucos países.
Três em cada quatro inquiridos (74,9 por cento) manifestam-se conscientes de que a compra de produtos estrangeiros coloca em risco os postos de trabalhos da economia portuguesa. Ainda que 79 por cento dos participantes partilhem da opinião de que "a população nacional deveria adquirir sempre artigos produzidos internamente, em detrimento dos produtos importados". No entanto, 68 por cento reconhece que a preferência pelo que é nacional sai "mais cara".
O trabalho analisou quatro sectores de atividade, nomeadamente alimentar, vestuário e acessórios, calçado e artigos para o lar, tendo por base 438 inquéritos pessoais. Procurando ainda perceber qual a representatividade dos produtos nacionais no cesto de compras dos portugueses.
Concluindo que a alimentação é o sector em que os consumidores preferem adquirir produtos nacionais, com 47 por cento dos inquiridos a afirmarem que mais de metade do cabaz de compras "made in Portugal" é composto por artigos desse sector.
O estudo "The "Made in Portugal - consumption and Country-Of-Origin perception in the context of crisis and austerity" foi desenvolvido entre maio de 2012 e abril de 2013. Com uma amostra de 483 inquiridos, dos quais 59,4 por cento homens da região do Porto. O erro amostral é de 5 por cento e o nível de confiança de 95 por cento.
O IPAM estabeleceu ainda uma relação entre o emprego e o consumo de produtos nacionais. De acordo com os dados recolhidos num estado realizado pelo IPAM (em maio e junho de 2012), os portugueses têm intenção de aumentar o consumo de produtos nacionais para proteger o emprego.

Fonte: Central de Informação
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